quarta-feira, 15 de julho de 2009

Smoke

Sábado passado meus pais chegaram do mercado com uma coisa diferente na mão... uma calopsita. E não, eles não compraram essa calopsita porque eu já tenho 3, então com certeza eles não teriam comprado mais uma...

Eles me contaram que minha mãe ficou no carro enquanto meu pai tinha entrado na loja... e ela começou a escutar uns piados... meu pai, quando voltou, foi ver o que era... encontrou no canto do estacionamento, todo encolhido, tremendo, esse bichinho... e trouxeram para casa...

Acredito que essa calopsita deve ter sido de alguém, acredito que deve ter saído pela janela de alguma casa, ou apartamento e caído ali perto de onde meus pais encontraram... ele (ou ela, mas acho que é macho) ainda é novinho e não sabe voar direito... mas o curioso é que, embora assustado, ele é bem mansinho, e estou treinando ele para acostumar a ficar com a gente...

As minhas outras calopsitas são amarelas, daquelas mais comuns, e essa que eles encontraram é totalmente diferente... é cinza, com manchas brancas e amarelas... no começo as outras estranham, mas agora aparentemente já estão andando todos juntos... é muito engraçado ver o Smoke seguindo os outros, até lembra o filme do patinho feio...rs

Ah, chamei ele de Smoke porque ele estava todo sujo, cheirando fumaça, no dia que chegou em casa... achei apropriado...rs

Hoje, tenho em casa 4 calopsitas e um mini-coelho, e todos esses bichinhos ficam soltos pela casa... a pesar de parecer loucura, é incrível como esses animais dão alegria para gente...
É como vi no filme "Marley e eu"... os animais não esperam nada da gente, dinheiro, fama, inteligência, não se importam se somos feios, burros ou temos um porche... é só dar o seu coração para eles, que eles entregaram os seus...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Casal de Trevos

"Era uma vez" uma menina de 7 anos de idade, morena, baixinha, magrinha, nada de especial, pelo menos em sua aparência... essa menina gostava de procurar por insetos e bichinhos no mato, como tatu-bola, minhocas e caramujos (não, a menininha não ficou doente e morreu).
Certo dia, brincando um um dos jardins que tinha perto de casa, a menina viu um casal de trevos... sim, um casal, pois eles estavam tão juntos que não tinha como saber se, por baixo da terra, faziam parte do mesmo caule ou não. A menina estranhou, pois já tinha brincado por lá várias vezes, mas nunca tinha visto nenhum trevo como esses... afinal, esses eram especiais... eram trevos de quatro folhas.
Ela resolveu procurar melhor para ver se encontrava mais... encontrou vários outros trevos comuns, de três folhas, mas nenhum outro como aqueles, então resolver guardar os trevos para si, afinal, trevos de quatro folhas são considerados amuletos da sorte.
No momento que a menina tirou os trevos da terra, percebeu que suas raízes eram separadas, mas seus caules estavam unidos... a menina então resolveu fazer um pacto, entre ela e aquele casal.

"Eu vou deixar vocês do jeito que estão, juntinhos, e prometo nunca separar vocês... se eu encontrar minha alma gêmea, darei um de vocês para essa pessoa e o outro ficará comigo, porque eu sei nunca irei me separar dela, então, vocês ficarão sempre juntos também."

A menina pegou os trevos e os guardou juntos, um ao lado do outro, dentro de um livro... 13 anos depois, ela entregou um dos seus trevos para uma pessoa muito especial...

Hoje, a menina já se separou de um dos seus trevos... ao crescer aprendeu muitas coisas, sobre a vida, sobre as pessoas, e sabe que nada é para sempre... Como aquele casal de trevos, que nasceram separados e depois se encontraram, únicos, especiais, perfeitos um para o outro... e assim ficaram, unidos, até o dia que a vida iria separá-los...

Mas também aprendeu que, por mais que o tempo passe, as coisas mudem e as pessoas se vão, aquele sentimento, único, nunca vai perder seu valor, ou sua marca... e por isso, por mais que a vida se vá, não há como separar duas almas gêmeas...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A menina e o anjo

Por várias vezes, principalmente a tarde, depois de sair do banho (quando bate aquela moleza), me deito na minha cama e fico olhando pro teto... bom, não é bem para o teto, mas para o móbile de anjo que tenho pendurado no teto, bem em cima da cama... toda vez que me deito começo pensando a mesma coisa... pra que ter um móbile de anjo com sino dos ventos se não vai bater vento nunca onde ele está... enfim, mas isso é irrelevante... o fato é que esse anjo está sempre lá, me ouvindo nos pensamentos mais divagantes... seria o que as pessoas chamariam de "momentos de reflexão"...
Uma das últimas vezes que divaguei, foi pensando no que faria da minha vida... o que faria porque estou desempregada, e estar desempregada é uma merda, mas enfim, depois de ver o que passei, pensei se não era hora de mudar... virar criadora de cavalos ou virar desenhista, de qualquer coisa... pensei também em morar no caribe e estudar os recifes de corais, ou virar astrônoma em outro país... claro, tudo muito fácil de conseguir... daí pensei o quão estúpido era pensar em tudo isso, principalmente para quem está desempregada... claro, vou fazer fotossíntese e viver de luz...
O foda é que por mais que digam para correr atráz dos seus sonhos e que tudo é possível, blá blá blá, a vida é muito diferente... você sonha, mas faz o que dá... na minha atual situação, com dívidas e contas a pagar, eu posso até sonhar em conhecer o papa, mas tenho mesmo é que procurar emprego naquilo que sei fazer hoje, e não no que queria saber fazer...
Não que eu não goste do que eu faço, ou fazia... mas o que sei que não queria era passar por aquilo de novo... aprendi, nos meus poucos anos de experiência, o que é o mundo corporativo... e pra ser bem honesta, não é nada legal... é um big brother, valendo menos, e te fodendo mais... pra não ser tão detalhista...
Enfim... reclamar de coisas desse tipo é como chover no molhado... não adianta nada, porque na verdade, nada vai mudar... as coisas vão continuar a ser assim...
No fundo penso que só um anjo de porcelana para aguentar ouvir...